Reflexão sobre a Vida e a Morte - Agora é Tudo

Quero compartilhar contigo uma reflexão sobre a vida, a morte e o medo, objetivando uma compreensão do prazer de viver e a satisfação de perceber a própria existência.

Para tanto vou utilizar de um trecho de “A Carta sobre a Felicidade (A Meneceu)” de Epicuro*. Para obter este texto na íntegra, consulte a área de textos do site do Colégio Místico.

“Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo, portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que não nos perturba quando presente não deveria afligir-nos enquanto está sendo esperado.

Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada pra nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos. A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes não estão mais aqui. E, no entanto, a maioria das pessoas ora foge da morte como se fosse o maior dos males, ora a deseja como descanso dos males da vida.”

 Nada temos a temer na vida, pois somos Seres Reais e Imperecíveis. E nossa parte perecível, que nos serve de veículo para que atuemos e aprendamos no mundo do fenômeno, por meio da percepção, não coexiste com a morte.

 Amemos a experiência chamada vida, e sintamos a segurança e a paz por sermos Consciências Reais; não sintamos medo, e vamos apreciar cada momento, pois agora, este exato momento é tudo e encerra todas as possibilidades. Se você não comer o fruto, plante a semente, mas de todo modo, concentre-se no agora - só no agora há vida verdadeira.

 Você encontra a “Carta sobre a felicidade” na íntegra em www.colegiomistico.com.br/carta-sobre-a-felicidade.aspx

 *Epicuro foi um filosofo grego que viveu entre 341 a.C e 271 a.C, e que possuía como forte motivação a obtenção da felicidade, condição caracterizada pela ausência da dor física e pela imperturbalidade da alma. 

Abraço,

 Lucius Augustus, IN