Não raro, ao conversarmos com alguém sobre espiritualidade, ouvimos afirmações curiosas como “É, a Lei é implacável, pois se plantou vai colher”...huuuuu...eu penso, parece que preciso ter muuuuito medo, afinal, a lei é implacável.
Outra: “a Lei do Karma poderia me poupar um pouco, pois está muito difícil seguir com estes problemas...” Ê, que lei cruel, não é?
Outra, ainda: “você está nessa fossa, nesse emaranhado de confusões por causa do karma... plantou, colheu, queridão! Acredite, o que você está vivendo, foi você mesmo quem plantou”.
Ok, ok, é fato. Somos causa e somos efeito de nossa causa.
Mas não costumo ouvir: “Ei Lucius Augustus, que karma o seu, não? Aí... deitadão na praia... tomando um sorvete de limão... ouvindo as ondas...”.
Do mesmo modo não costumo ouvir alguém dizer algo do tipo “puxa, que karma delicioso este! Nós aqui, reunidos, olhos nos olhos, cumplicidade, comunhão de pensamentos, harmonia... viva!!! Que efeito fabuloso de nossas causas!!!”.
Fica a impressão de que karma só se refere a aspectos ruins (ruins? Vamos falar sobre isso noutro post). E as situações, relações, fatos que são tão apreciados em nossas vidas? Não são efeitos de nossas causas também?
Antes mesmo de promover uma diferenciação de palavras para nos referirmos a “karma bom” e “karma ruim”, vamos considerar que karma é equilíbrio puríssimo, de máxima qualidade; é a harmonia entre os efeitos e as causas que, quando colocadas em movimento, produziram esses efeitos.
Lembremo-nos de agradecer à Lei do Karma em todas as situações, pois ganhamos em todas. Em especial, aproveitemos os momentos de farta colheita para produzir farto plantio (e não se esqueça que noutros períodos, vale arar a terra e plantar).
E da próxima vez que alguém questionar se a vida é justa ou não, lembre-se que as pessoas que se sentem mais realizadas e felizes não param para perguntar se a vida e a Lei são justas ou injustas; elas simplesmente seguem em frente.
Abraços e até breve!
Seu amigo, Lucius Augustus, IN.